terça-feira, 6 de agosto de 2013

Um Soneto de Lágrimas

O tilintar de uma gota
O esparramar de gotículas quentes e tristes
A força da gravidade que leva toda lágrima ao chão
O deslizar de cada gota entre cada rajada de vento
O viajar da queda de meu rosto até se encontrar no solo
O escorrer da lágrima em minha pele emudecida
O passar de minhas mãos em meu rosto umedecido
O afogar de meus olhos avermelhados
O navegar de tremidos gestos
O olhar de quem não espera
O respirar lento de medo e temor
O imaginar o que não quer nem pensar
O doer que acomete cada célula de meu sangue
O apertar de cada batida cardíaca
A alegria que se vai sem se despedir, nem dar adeus.

Cassiano Moraes (Rafael Rodrigues de Moraes)