quinta-feira, 23 de abril de 2015

Meça suas palavras, “parça”

É muito relativo dizer o que pensa sem ter que ser criticado por alguém. A liberdade de expressão é um direito garantido por lei e garantido pela vontade de cada um. Porém, como diz o velho ditado, “tudo tem limite”.
Sou uma pessoa que critica muitas coisas, assim como sou criticado também pelas coisas que faço, o direito da liberdade faz valer, mas existe algo chamado “ignorância” que entala no meu ego e não consigo ingerir. Há tantas coisas que estão aí fora e as pessoas perdem seu tempo dando atenção a essas coisas, que ainda se acham no direito de achar que estão “certas”.
E já deixo registrado de antemão, esta é uma opinião minha, sou responsável por ela e não estou a fim de discutir ou debater com alguém que não sabe dialogar.
Primeiro ponto: manifestações. Pela segunda vez, muitas pessoas se reuniram para falar mal do governo, exigir direitos não cumpridos e blá, blá, blá. É fácil jogar a pedra na água e saber que ela afunda, mas ninguém sabe na cabeça de qual peixe ela vai acertar. Há alguns problemas quanto às pessoas que participam dessas manifestações e ninguém entende. Vamos a alguns:
– por quê? – se perguntarmos a boa parte destes manifestantes o motivo pelo qual estão saindo às ruas para protestar, essa boa parte dirá as mesmas coisas “Saúde, educação, emprego, corrupção, Petrobrás, PEC’s,...”. Agora, se perguntarmos se entendem por qual motivo essas coisas são os motivos para protestar não responderam. Vi um vídeo no Facebook, postado por uma revista, mostrando uma entrevista com alguns manifestantes em São Paulo. Foi perguntado sobre a terceirização, muitos entrevistados não sabiam sobre a lei, outros diziam qualquer coisa sem sentido e outros não faziam sequer ideia do que era esquerda e direita. Em resumo, esses são os manifestantes “coxinhas”, e diria mais, “coxinhas de festa”, sempre estão em alguma “festa” por aí.
– quem são? – “O gigante acordou” foi a expressão mais ouvida nas manifestações de 2013, mas acho que esse gigante não tinha mais do que 1,50 m de altura. Foi um baixinho que incomodou a crítica e os “velhos jovens”. Muita gente que estava no Fora Collor se animou para ir às ruas dizer alguma coisa. O velho e o novo na luta por seus direitos. Seria bom, se não fosse fantasia. Os mais velhos dormiram durante tanto tempo e acordaram depois de um “coma político-social”. Os jovens fizeram muito barulho, mas esqueceram de que som não sabe votar e nem tomar atitudes. É muito fácil apontar o dedo para o erro dos outros e esquecer que há 3 outros apontando de volta. A sociedade é corrupta, não os políticos. Fomos ensinados a ser espertos, não justos. Tenho certeza que quando você estava ou está na escola e tinha se esquecido de fazer um dever de casa ou algum trabalho, ou copiava de alguém, ou pedia para colocar o nome no trabalho. Isso foi um ato corrupto, usar do trabalho do outro para benefício próprio. E das vezes que você recebe troco a mais e não devolve (Caixa 2) ou reclama do troco que lhe falta? Indo mais no simples, quando a sua mãe dizia que te daria um doce se você parasse de chorar?
Isso já seria um belo baque para esses “cegos”, mas vamos para outro ponto: homossexualismo.
Tenho amigos que são homossexuais, bons amigos, nunca me ofenderam, nunca me agrediram, nunca me causaram algo de ruim. E a volta é verdadeira, nunca causei algo de ruim a eles. Mas sou um entre muitos outros que não fazem isso. Socialmente, não há o que falar, nada contra ao homossexualismo, sou hétero e me sinto bem assim. Sinto-me incomodado com pontos de vista que poderiam ser mais bem pensados.
A igreja cristã (nem digo católica, pois a evangélica também está nesse bolo azedo) é contra o relacionamento homoafetivo. Sou cristão, católico apostólico romano, sou contra... a opinião da igreja cristã. Há muitos questionamentos a serem debatidos. Vamos a alguns:
– “os homossexuais destroem as famílias” – tirando o fato da aceitação por parte das famílias de que seus entes queridos tiveram essa escolha, colocam como fator a questão “pai, mãe, filho(a)”. É óbvio que isso não é possível para casais homossexuais, mas o fator família não deve se ater a isso. Pensemos nas relações “avó, neto”, “tio, sobrinho”, “padrasto, enteado”, são exemplos de família também e nem por isso sofrem críticas. O fato de haver duas mães ou dois pais, não fará com que um(a) filho(a) tenha uma educação errada, seja mal tratado ou se torne alguém ruim. Esta criança pode se tornar alguém muito melhor do que alguém criado por uma família convencional. A questão não está em quem cuida, mas como se cuida.
– “sistema excretor não gera filho” – essas foram as palavras de Levi Fidélix, candidato a presidência nas últimas eleições, sobre homossexualismo. Foram palavras tão bárbaras, quanto revoltantes. Mas é incrível que há pessoas que tratam seus filhos (peço perdão pela expressão que irei usar) como “merda” e resolvem dar a “descarga” neles. Por mais que homossexuais não possam ter filhos por eles mesmos, são eles que resgatam essas crianças de orfanatos e lares de adoção quando os “casais” os abandonam. Se essas pobres crianças são o “estrume” de muitos pais, passam a ser o adubo que nutriram um futuro melhor para pais homoafetivos.
– as muralhas religiosas – alguns anos atrás, fui a uma formação sobre família em uma paróquia de minha cidade. Nessa formação, houve uma fala de uma das palestrantes que me revoltou profundamente: “Homossexualismo é uma doença”. Eu esperei mais alguns minutos e fui embora. Minha vontade era responder àquilo, mas não fui voraz o suficiente para tal. Desde aquele dia, tive certeza que muitas pessoas não tinham o bom censo que Cristo tinha. Ele não buscou aqueles que já seguiam na fé, mas aqueles que não se encontravam nela. Ele nunca abandonou aquele que precisava. “Mas na bíblia diz que um homem deverá se juntar a uma mulher e gerar uma família”, já ouvi muito disso. Já parou para pensar que a bíblia deve ter sofrido muitas e muitas alterações durante todos esses anos de igreja cristã? Por que não se sabe onde está a bíblia original? Foi destruída ou a fizeram destruir-se? Há mais páginas nessa história do que os capítulos que já se conhecem. E acima de tudo isso, há dois fatos que favorecem a aceitação da igreja para o homossexualismo: o aval do Papa Francisco para a acolhida dos homossexuais na igreja e a falta (ou ignorância) de conhecer o homossexualismo. No início de seu pontificado, Papa Francisco disse a uma repórter brasileira que a igreja não estaria a favor, mas que não seria contra os homossexuais de seguirem a fé cristã católica. Ele quebrou uma barreira de longos anos. A igreja se opôs a entrada de material sobre homossexualidade nas escolas, algo de total ignorância. Vejo que isso não ajuda no sentido do entendimento do assunto, pelo contrário, atrapalha e muito. A igreja se exime de abordar o assunto, pois não sabe como tratá-lo. Para ela é mais evitar o trato do assunto do que tratá-lo com a importância que cabe.
Acho que já escrevi demais até. Muita opinião pode queimar alguns olhos de pessoas que sempre os deixam fechados.
Bem, até uma próxima opinião. Quem tiver algo construtivo a compartilhar, sinta-se a vontade. E como disse lá em cima, não estou a fim de discutir com quem não sabe dialogar.
Até mais ler.