É
muito relativo dizer o que pensa sem ter que ser criticado por alguém. A
liberdade de expressão é um direito garantido por lei e garantido pela vontade
de cada um. Porém, como diz o velho ditado, “tudo tem limite”.
Sou
uma pessoa que critica muitas coisas, assim como sou criticado também pelas
coisas que faço, o direito da liberdade faz valer, mas existe algo chamado
“ignorância” que entala no meu ego e não consigo ingerir. Há tantas coisas que
estão aí fora e as pessoas perdem seu tempo dando atenção a essas coisas, que
ainda se acham no direito de achar que estão “certas”.
E
já deixo registrado de antemão, esta é uma opinião minha, sou responsável por
ela e não estou a fim de discutir ou debater com alguém que não sabe dialogar.
Primeiro
ponto: manifestações. Pela segunda vez, muitas pessoas se reuniram para falar
mal do governo, exigir direitos não cumpridos e blá, blá, blá. É fácil jogar a
pedra na água e saber que ela afunda, mas ninguém sabe na cabeça de qual peixe
ela vai acertar. Há alguns problemas quanto às pessoas que participam dessas
manifestações e ninguém entende. Vamos a alguns:
–
por quê? – se perguntarmos a boa parte destes manifestantes o motivo pelo qual
estão saindo às ruas para protestar, essa boa parte dirá as mesmas coisas
“Saúde, educação, emprego, corrupção, Petrobrás, PEC’s,...”. Agora, se
perguntarmos se entendem por qual motivo essas coisas são os motivos para
protestar não responderam. Vi um vídeo no Facebook, postado por uma revista,
mostrando uma entrevista com alguns manifestantes em São Paulo. Foi perguntado
sobre a terceirização, muitos entrevistados não sabiam sobre a lei, outros
diziam qualquer coisa sem sentido e outros não faziam sequer ideia do que era
esquerda e direita. Em resumo, esses são os manifestantes “coxinhas”, e diria
mais, “coxinhas de festa”, sempre estão em alguma “festa” por aí.
–
quem são? – “O gigante acordou” foi a expressão mais ouvida nas manifestações
de 2013, mas acho que esse gigante não tinha mais do que 1,50 m de altura. Foi
um baixinho que incomodou a crítica e os “velhos jovens”. Muita gente que
estava no Fora Collor se animou para
ir às ruas dizer alguma coisa. O velho e o novo na luta por seus direitos.
Seria bom, se não fosse fantasia. Os mais velhos dormiram durante tanto tempo e
acordaram depois de um “coma político-social”. Os jovens fizeram muito barulho,
mas esqueceram de que som não sabe votar e nem tomar atitudes. É muito fácil
apontar o dedo para o erro dos outros e esquecer que há 3 outros apontando de volta.
A sociedade é corrupta, não os políticos. Fomos ensinados a ser espertos, não
justos. Tenho certeza que quando você estava ou está na escola e tinha se
esquecido de fazer um dever de casa ou algum trabalho, ou copiava de alguém, ou
pedia para colocar o nome no trabalho. Isso foi um ato corrupto, usar do
trabalho do outro para benefício próprio. E das vezes que você recebe troco a
mais e não devolve (Caixa 2) ou reclama do troco que lhe falta? Indo mais no
simples, quando a sua mãe dizia que te daria um doce se você parasse de chorar?
Isso
já seria um belo baque para esses “cegos”, mas vamos para outro ponto:
homossexualismo.
Tenho
amigos que são homossexuais, bons amigos, nunca me ofenderam, nunca me
agrediram, nunca me causaram algo de ruim. E a volta é verdadeira, nunca causei
algo de ruim a eles. Mas sou um entre muitos outros que não fazem isso.
Socialmente, não há o que falar, nada contra ao homossexualismo, sou hétero e
me sinto bem assim. Sinto-me incomodado com pontos de vista que poderiam ser mais
bem pensados.
A
igreja cristã (nem digo católica, pois a evangélica também está nesse bolo
azedo) é contra o relacionamento homoafetivo. Sou cristão, católico apostólico
romano, sou contra... a opinião da igreja cristã. Há muitos questionamentos a
serem debatidos. Vamos a alguns:
–
“os homossexuais destroem as famílias” – tirando o fato da aceitação por parte
das famílias de que seus entes queridos tiveram essa escolha, colocam como
fator a questão “pai, mãe, filho(a)”. É óbvio que isso não é possível para
casais homossexuais, mas o fator família não deve se ater a isso. Pensemos nas
relações “avó, neto”, “tio, sobrinho”, “padrasto, enteado”, são exemplos de
família também e nem por isso sofrem críticas. O fato de haver duas mães ou
dois pais, não fará com que um(a) filho(a) tenha uma educação errada, seja mal
tratado ou se torne alguém ruim. Esta criança pode se tornar alguém muito
melhor do que alguém criado por uma família convencional. A questão não está em
quem cuida, mas como se cuida.
–
“sistema excretor não gera filho” – essas foram as palavras de Levi Fidélix,
candidato a presidência nas últimas eleições, sobre homossexualismo. Foram
palavras tão bárbaras, quanto revoltantes. Mas é incrível que há pessoas que
tratam seus filhos (peço perdão pela expressão que irei usar) como “merda” e
resolvem dar a “descarga” neles. Por mais que homossexuais não possam ter
filhos por eles mesmos, são eles que resgatam essas crianças de orfanatos e
lares de adoção quando os “casais” os abandonam. Se essas pobres crianças são o
“estrume” de muitos pais, passam a ser o adubo que nutriram um futuro melhor
para pais homoafetivos.
–
as muralhas religiosas – alguns anos atrás, fui a uma formação sobre família em
uma paróquia de minha cidade. Nessa formação, houve uma fala de uma das
palestrantes que me revoltou profundamente: “Homossexualismo é uma doença”. Eu
esperei mais alguns minutos e fui embora. Minha vontade era responder àquilo,
mas não fui voraz o suficiente para tal. Desde aquele dia, tive certeza que
muitas pessoas não tinham o bom censo que Cristo tinha. Ele não buscou aqueles
que já seguiam na fé, mas aqueles que não se encontravam nela. Ele nunca
abandonou aquele que precisava. “Mas na bíblia diz que um homem deverá se
juntar a uma mulher e gerar uma família”, já ouvi muito disso. Já parou para
pensar que a bíblia deve ter sofrido muitas e muitas alterações durante todos
esses anos de igreja cristã? Por que não se sabe onde está a bíblia original?
Foi destruída ou a fizeram destruir-se? Há mais páginas nessa história do que
os capítulos que já se conhecem. E acima de tudo isso, há dois fatos que
favorecem a aceitação da igreja para o homossexualismo: o aval do Papa
Francisco para a acolhida dos homossexuais na igreja e a falta (ou ignorância)
de conhecer o homossexualismo. No início de seu pontificado, Papa Francisco
disse a uma repórter brasileira que a igreja não estaria a favor, mas que não
seria contra os homossexuais de seguirem a fé cristã católica. Ele quebrou uma
barreira de longos anos. A igreja se opôs a entrada de material sobre
homossexualidade nas escolas, algo de total ignorância. Vejo que isso não ajuda
no sentido do entendimento do assunto, pelo contrário, atrapalha e muito. A
igreja se exime de abordar o assunto, pois não sabe como tratá-lo. Para ela é
mais evitar o trato do assunto do que tratá-lo com a importância que cabe.
Acho
que já escrevi demais até. Muita opinião pode queimar alguns olhos de pessoas
que sempre os deixam fechados.
Bem,
até uma próxima opinião. Quem tiver algo construtivo a compartilhar, sinta-se a
vontade. E como disse lá em cima, não estou a fim de discutir com quem não sabe
dialogar.
Até
mais ler.