Estava me lembrando de um fato, que faz
anos que ocorreu, uma mãe vê um filho cair em um córrego, e sem saber nadar,
pula no córrego para salvar o filho. Este fato ficou muito famoso pelas imagens
fortes da situação, isso graças a um fotógrafo que por ali passava. Porém, além
da repercussão do caso, quanto a bravura da mãe, o fotógrafo foi muito, mas
muito mesmo, questionado a respeito de sua atitude. Questionou-se o motivo que
o fotógrafo teve de não ajudar a mãe e seu filho, e tirar as fotos daquele
fato. Agora, qual é o limite entre registrar uma imagem de rara ocasião e deixar
tudo de lado para salvar alguém? Você tendo conhecimento do fato, com total
certeza, já vai ter uma opinião, mas e se você estive na situação do fotógrafo?
Quando digo isso, não digo numa situação hipotética, mas numa situação real. E
se agora, neste momento, algo que colocasse sua reação em prova, acontecesse com
você, o que faria? É muito fácil encontrar argumentos quando se tem tempo e emocional
preparado, mas em situações onde a reação acontece em segundos, nem sempre a “teoria”
se torna “prática”. Você pode ter várias variáveis na teoria, mas que na
prática não vão aparecer. Questionar a atitude de alguém é extremamente
simples, mas interpretar a emoção é completamente difícil. Se você presenciar
atitudes fora do comum das pessoas, como explosões de adrenalina, pode ter
certeza que aquela reação não foi pensada, planejada, prevista, foi uma atitude
reflexa do comportamento humano. Fique claro que não estou dizendo que o
fotógrafo foi certo ou errado, mas mostrando que tanto ele, como você, leitor,
são seres humanos movidos também por atos reflexivos da conduta humana.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
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