domingo, 16 de setembro de 2018

Opinião

Depois de tanto tempo sem escrever textão, volto com um texto para pensar. Como o título já diz, o assunto é opinião. Parece tão fútil o tema, mas não é. Provoca, cutuca, incomoda e muito, ainda mais quando não se aceita a do outro.
Estamos quase em época de eleição. Nunca escondi de ninguém minha simpatia ao PT, sempre deixei aberto que a filosofia do partido me encantava desde pequeno. “Ah, mas PT é isso, PT é aquilo”, sempre ouvi muito dos meus amigos essas falas, mas isso nunca mudou meu modo de pensar. Porém, os tempos mudaram, a política mudou, a sociedade mudou. Muitos fatos mancharam a imagem do partido e, ao mesmo tempo, mancharam ainda mais a política do país.
Hoje temos um grande debate sobre quem queremos no comando do país, muitos candidatos, e mesmo eu sendo petista, não acredito no candidato do partido, muito menos nos outros. Dá até para falar que perdi um pouco do tesão na política que me encantava antigamente. Mas até aqui, ainda acredito que as coisas podem dar certo, que pode mudar para melhor, é uma opinião minha, MINHA.
Tanta gente fala que a política do Brasil nunca vai mudar, mas onde começa? Onde está errado? Onde o erro se esconde que ninguém vê e tudo isso é apenas uma decepção? Eu acho que está em nós mesmo, nós pessoas, nós gente, nós humanos. É muito fácil acusar, mas é difícil se redimir. É incômodo colocar a culpa em suas próprias costas, é sair da sua zona de conforto, é achar que está certo e não errado.
Isso vale para as opiniões. O que “eu acho é certo”, mas o certo do outro, não é certo para você, é incômodo. E o que tenho que fazer? Cutucar. Quanto mais eu cutucar, mais desequilibro a opinião do outro e o outro não sabe mais onde se equilibrar em suas crenças, suas certezas, suas convicções. Isso é imposição.
Se eu me coloco como certo e o outro como errado, gera-se um conflito. O choque de ideias pode gerar um incômodo tão grande que chega a afastar as pessoas, e ainda com riscos de que a conexão entre elas se torne violenta. Não precisa ser no tapa ou no soco, mas na palavra, e ela machuca.
Uma palavra pode causar uma dor gigantesca. Sua opinião pode criar o caos. Seu jeito de pensar pode ser uma arma pronta para atirar. Cada um tem o seu eixo de norte, cada um segue a sua própria trilha dentro da sociedade. O respeito que deveria haver, não há. É mais simples atacar ou ignorar. Por que não deixar de lado o choque e pensar no encontro de pensamentos?
O que achamos ou acreditamos deve ser algo nosso, próprio, e não precisa seguir o comum. Pense, fale e viva. Seja a sua verdade e deixe o outro ser a verdade dele.

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